A arte de rua e o sonho da sobriedade!
Quando sai de Ponta Grossa uma coisa extraordinária aconteceu, ninguém me conhecia e em consequência ninguém me "enterrava" como uma pessoa acabada e sem chances de se recuperar. No começo foi difícil, dormir na rua e acordar com o movimento dos carros. O medo de que alguém tentasse algo contra minha vida. Com o tempo foi virando uma rotina e depois de um ano era completamente normal. O que não era normal era trabalhar no sol, no meio do movimento de carros e caminhão 10 horas por dia e chegar na manhã seguinte e não ter um dinheiro para comprar um café por que durante a noite havia consumido tudo em droga! Mesmo assim era diferente, tudo estava diferente. Ser artista de rua era diferente de ser "nóia" e morar na rua! Apesar de usar drogas eu estava trabalhando aprendendo e apresentando arte. Foi difícil aprender malabarismo com 36 anos, mas depois de três anos eu fazia malabarismo com 4 bolinhas, com três claves e com 3 tochas de fogo. Esse é o link de uma rotin